Conhecer para desenvolver: Compreendendo o desenvolvimento da fala
Como incentivar o desenvolvimento da fala das crianças? Neste artigo, você encontra maneiras de aproximar a criança da fala a partir de objetos e sensações comuns em seu dia a dia, além de saber um pouco mais sobre a importância dos pais nesse processo.
Conhecer é o ato de perceber ou compreender por meio da razão e/ou de experiências, assim, quando pensamos no desenvolvimento humano, nada mais lógico do que conhecer o ser para compreender suas especificidades para gerar o seu aprendizado, certo? No caso do desenvolvimento da fala não é diferente, pois devemos conhecer o sujeito e trabalhar seus interesses na intenção comunicativa.
Neste artigo, trazemos um pouco mais sobre a importância de conhecer as especificidades e interesses de cada sujeito para, então, criar maneiras de incentivar o desenvolvimento da sua fala. Aqui, você também vê a importância de os pais participarem ativamente desse incentivo. Continue conosco e saiba tudo sobre o assunto!
Como se inicia a comunicação nas crianças?
O desenvolvimento da fala pode parecer algo simples e espontâneo, que todas as crianças irão adquirir de forma natural, mas nem sempre é assim.
Estudos mostram que esse processo começa nas primeiras relações com a mãe, ali se constrói uma ponte para diferenciação entre si e o outro. A criança começa a interagir com a mãe, a tentar se comunicar através do choro, do sorriso, um “baba”, “dada”, “mama”, “papa”… Com isso, pode-se perceber que a aquisição da linguagem é um processo construído pela criança e muito tempo antes de falar a primeira palavra, o balbuciar já é encarado como uma tentativa de comunicação.
A comunicação se inicia no processo de contato com o outro. Por exemplo, se uma mãe começa a falar muito com a criança a frase “amo você”, ela irá tentar repetir a fala da mãe, podendo sair o som das vogais, que é mais fácil de pronunciar. Enquanto a criança não adquire a fala, vai tentando se comunicar através das associações que cria por estímulos que recebe. Neste sentido, ao tentar se comunicar ao longo dos meses, começa a pronunciar vogais e sílabas. Por isso, é de extrema importância conversar com os bebês, pois é daí que eles vão reconhecendo o movimento da boca, expressão do rosto e sons.
Por que conhecer a criança é tão importante para o desenvolvimento da fala?
Com o tempo, as crianças vão moldando os sons e começam a pronunciar palavras. Quando isso não ocorre, inicia-se uma investigação por profissionais a fim de descobrir o que está ocasionando o atraso do desenvolvimento da fala. Isso pode estar relacionado a um simples atraso, ou a problemas relacionados ao processamento auditivo, deficiências, má formação mandibular, transtornos do comportamento, etc.
Assim que se tem o conhecimento do motivo do atraso da fala, as famílias procuram profissionais capacitados para auxiliá-los no estímulo da comunicação, buscando também meios para que o sujeito consiga se expressar, como a comunicação alternativa. Afinal, mais do que falar, o importante é ter um meio para se expressar atendendo as demandas da criança.
A falta da fala leva ao uso da Comunicação Suplementar e Alternativa, como meio de comunicação para pessoa que não é oralizada, cujo objetivo é compensar dificuldades de indivíduos com prejuízos severos na linguagem oral e escrita. Para se ter a comunicação, utiliza-se gestos, língua de sinais, expressões faciais, pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos e até o uso de sistemas sofisticados de computador com voz sintetizada, como é o caso do Livox.
A importância de saber se comunicar com a criança
E por mais que se utilize meios para comunicação, o saber comunicar também é algo que devemos estudar. Um exemplo disso é quando a criança só aponta para aquilo que ela quer, sem falar nada. A criança já tem uma percepção de objeto, e isso é ótimo, mas os pais devem então criar uma ponte de comunicação através desse objeto.
Por exemplo, quando a criança quer um carrinho e aponta para ele, os pais podem pegá-lo e mostrar o objeto falando o nome dele. Assim, trazer para a criança e iniciar uma brincadeira com ela e o objeto de interesse. É comum que a fim de chamar atenção da criança muitos pais iniciem uma conversa intensa com tom de voz alto, com assuntos desconexos aos interesses da criança, o que faz com que ela não observe o que é dito e não interaja com o interlocutor.
Deve-se falar com clareza, oferecendo bons exemplos fonéticos, o que leva a um bom entendimento. O software de comunicação alternativa Livox, traz um recurso muito utilizado pelos pais que é a engine de voz, que pode ser na voz masculina ou feminina, sendo ajustada à velocidade da pronúncia, gerando uma boa consciência do som a criança.
Pessoas com deficiência ou transtornos possuem dificuldades de percepção do que passa a sua volta. Neste sentido, o diálogo não deve ser trabalhado de uma forma mecânica que leve o sujeito à mera reprodução. É preciso de um acompanhamento especializado para instigar a comunicação e o possível desenvolvimento da fala, mas não se deve delegar somente aos profissionais.
O desenvolvimento da fala da criança pode ser trabalhado por profissionais, mas o papel da família é fundamental
Em casa, a família deve ser a provedora dessa comunicação. Assim, precisa estimular situações que gerem o diálogo e conhecimento do mundo em atividades de vida diária, como o banho e a alimentação. Além disso, falar o nome dos objetos que estão pegando, comendo. Também falar das partes do corpo, a sensação térmica da água, no caso do banho, ou do alimento na hora da refeição. Ou seja, narrar o mundo, dando sentido às ações. Ademais, criar atividades lúdicas como o relato de desenhos, contação de histórias, recontos, histórias contadas com fantoches, músicas, etc.
Nesse artigo, você conferiu tudo sobre a importância de conhecer a criança (seus interesses e gostos) na hora de estabelecer uma comunicação. Afinal, é preciso trazer temas interessantes, que prendam a atenção da criança. Além disso, viu que o papel da família, incentivando a criança a desenvolver a fala diariamente, é fundamental.
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